Por : Ana Rita Rodrigues e Francisca Rodrigues
Tanto a indústria têxtil como a de calçado está exposta às direções dos ventos da conjuntura financeira internacional. Por isso, quando falha a Voz do Mundo, a indústria portuguesa, quer têxtil quer de calçado, silencia-se. Em termos objetivos, a dependência da exportação e de matérias primas agravam a sustentabilidade financeira do setor, cujos stocks acumulam.
Veja a reportagem completa em formato mais dinâmico:
A incerteza e consequência" que teme Glória Magalhães, da Indústria de calçado Onix, é sentida também na voz de Ana Paula Dinis, a representante da Associação têxtil e vestuário de Portugal ( ATP ) quando o tema é a adesão à linha de crédito da moratória, medida imposta pelo governo, pelo perigo que acarreta.
O 'lay off' foi a medida mais utilizada não só pelas empresas industriais como também nos outros setores que foram obrigados a parar. Após várias denúncias e reclamações face a nuances políticas como atrasos de pagamento, despedimentos forçados, incentivo às férias e a forma como está a ser gerido o sistema 'lay-off', Pedro Siza Vieira adianta que tal sistema está em processo de retificação, pois “as empresas não devem pensar que isto se vai manter eternamente e que podem manter os trabalhadores em casa durante seis ou nove meses sem se preocuparem com o mercado, com o trabalho, com as necessidades da economia". Resta-lhes esperar por políticas, quer nacionais quer internacionais, que aproximem o cenário próspero o mais adjuvante à sustentabilidade dos setores. Ou, como dita o lema que coloquialmente corre, "que vá ficar tudo bem."
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