“Contos de Quarentena” é o mote do mais recente concurso lançado pela Livraria Lello. Desde que se encerrou temporariamente as portas, a 13 de março, em função do atual surto de Covid-19, que se começou a pensar “de que forma se poderia ajudar a comunidade e o país a ultrapassar esta fase de exceção tão difícil”, esclarece a responsável pela Comunicação da Lello, Andreia Ferreira, em entrevista ao Vozes Invictas.
Uma vez que “os livros só existem porque existem autores”, como afirma Andreia Ferreira, este concurso destina-se a novos autores, portugueses ou não, e o requisito é que os textos apresentados sejam inéditos. Para participar, basta preencher o formulário disponível no site da Livraria, onde se encontra também o regulamento com toda a informação detalhada.
Após enviados, até ao dia 31 de maio, os textos são analisados por um júri, constituído por dois elementos da Administração da Livraria Lello, pelo diretor criativo da mesma, e por dois elementos externos, ligados às artes e à Literatura, ainda por conhecer. Com base nesta análise, são escolhidos os seis melhores textos, a serem revelados até ao final de setembro. Cada vencedor não só recebe um prémio monetário no valor de mil euros, como também um contrato de edição com a Livraria Lello.
Se é verdade que “para sobreviver, se deve contar histórias”, como escreveu Umberto Eco, este concurso serve para o provar. Tal como reflecte Andreia Ferreira: “acreditamos que esta iniciativa pode ter um efeito muito positivo neste tempo difícil. Permite-nos ter um outro objetivo, descobrir ou explorar uma paixão, a escrita, desfocarmo-nos de eventuais preocupações relacionadas com a epidemia, e viajar através da escrita e através dos livros. E que melhor tempo do que este, em que estamos confinados, e por isso já não nos falta o tempo da vida corrida, para explorar a escrita, para descobrir novos autores, que se descobriram a si próprios durante esta quarentena?”
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