Neste sábado, mais de mil pessoal lotaram a Avenida dos Aliados em protesto contra o racismo e contra a violência policial, juntando-se às manifestações norte-americanas contra a morte de George Floyd
As ruas do Porto foram tomadas neste sábado, em mais uma manifestação contra o racismo e a violência policial, juntando-se aos outros protestos que começaram nos EUA depois da morte de George Floyd durante uma abordagem policial em Minneapolis.
Às 17h da tarde, teve início a marcha "Resgatar o Futuro, não o lucro", em frente a Praça da Cordoaria. Os manifestantes gritavam palavras de ordem e caminharam até a Avenida dos Aliados, onde se juntaram à manifestação contra o racismo e contra o fascismo, organizada por um conjunto de associações.
Joana Cabral, dirigente do SOS Racismo, clamou para que a população portuguesa saísse da sua zona de conforto e explicou os motivos para a junção das duas manifestações do Porto:
"Não podemos esquecer esta história longa que não fez como última vítima George Floyd, vai continuar a fazer muitas outras. Temos de sair da nossa zona de conforto. Os dois protestos se uniram porque reúnem gente que vem lutar por causas que são aparentemente mais particulares, mas que, no fundo, facilmente percebemos que fazem parte da mesma luta".
Manifestantes chegam à Avenida dos Aliados (Crédito: Wilsians Humphreys)
Organizadora da marcha "Resgatar o futuro", Raquel Azevedo, dirigente dos Precários Inflexíveis, explicou que se pretende, sobretudo, "lutar por novas escolhas, direitos mais iguais, exigir um emprego com direitos e assegurar que os mais afetados por esta crise pandêmica têm a proteção social que lhes é devida".
"Não queremos novamente ver nas nossas vidas uma segunda crise e, por isso, queremos fazer parte de uma solução que permita o combater o desemprego, a exploração e à precariedade", acrescentou.
Veja a galeria de imagens do protesto:
Fotos: Wilsian Humphreys e Carolina Lima
Palavras de ordem na Avenida dos Aliados (Crédito: Wilsians Humphreys)
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