As comemorações do 25 de Abril ficam marcadas pelo estado de emergência, devido à pandemia da Covid-19 que se vive em Portugal e no mundo. Uma cerimónia com cerca de 88 convidados, apesar da oposição de inúmeros portugueses à celebração desta data.
Iniciou-se às 10h da manhã na Assembleia da república, a celebração do 25 de Abril, com um minuto de silêncio como homenagem aos que perderam a vida nesta luta silenciosa que o país atravessa, a pandemia da Covid-19. Contou com 88 convidados, entre os quais Ramalho Eanes, o primeiro presidente da república eleito democraticamente, e o cardeal patriarca Manuel Clemente, em representação da Associação 25 de Abril.
As divergências existentes à realização desta cerimónia assinalam esta data. Ao longo dos 11 discursos no parlamento ouve-se pela voz dos partidos PAN e Chega pedidos de uma “nova madrugada” e de “um novo regime”. O PCP afirma estar contra a austeridade e a exploração derivados da pandemia. O BE defende que com esta crise pandémica que o Serviço Nacional de Saúde é que salva e protege o povo. Já o PSD alerta sobre uma possível nova vaga epidémica, realçando que “as falhas que da primeira vez existiram não poderão ser repetidas.”
O presidente da república, Marcelo Rebelo de Sousa, enunciou a importância da realização desta celebração”: “O 25 de Abril tinha que ser evocado. Em tempos excecionais de dor, de sofrimento, de luto, separação, de confinamento, a que mais importa evocar: a pátria, independência, a república, a liberdade e a democracia.” Concluí afirmando que não celebrar esta data seria um absurdo cívico.
A Associação 25 de Abril tomou iniciativa de distribuir panfletos pelo povo português para que as 15h da tarde se ouvisse a música que deu início à revolução : “Grândola Vila Morena” de Zeca Afonso. E, assim, a voz do Povo Português fez-se ouvir pelas ruas do país, através da janela da casa de cada um.
Fontes: RTP.pt | Público
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